Ao decidir escrever esse artigo – prática de comunicação pela qual venho tomando gosto ao perceber o poder da amplitude das mensagens e das conexões pessoais, precisei reviver minhas décadas de trabalho no segmento securitário a serviço do transporte rodoviário de cargas.
Entendi que, todos os dias, mesmo lá atrás e hoje, nos deparamos com situações que nos exigem decisões inevitavelmente desafiadoras. Elas sempre nos põem diante de uma bifurcação que nos leva a ceder ou a entrar em conflito.
Na gestão de riscos, nossas rotinas já são estressantes por natureza, pois lidamos constantemente com a resolução de problemas. Desta forma, decidimos diariamente em prol da cessão de problemas com base nas não conformidades apresentadas e no grau de impacto que elas podem trazer para a operação e os negócios envolvidos.
Então, faz parte da nossa rotina nos depararmos com situações que nos obrigam ou a ceder e colocar a operação em risco ou a entrar em conflito a fim de respeitar e manter a regra de prevenção e segurança estabelecida.
Ao ceder, agradamos a quem nos pede, mas podemos prejudicar terceiros e assumir riscos que não temos autonomia para aceitar. Ao não ceder, o risco “muda de lugar”, gerando a possibilidade de perder o cliente. Ou seja, se tomamos a decisão de conflitar e manter nosso posicionamento de cumprir as regras, criamos um mal estar na relação cliente x fornecedor, mesmo preservando possíveis prejuízos na gestão do risco.
A realidade é que, na prática, estamos a todo instante a decidir sobre entrar em conflito ou ceder, escolhas que dificilmente deixarão de existir, mas o importante é ter sempre em mente qual consequência você considera mais inteligente para cada situação.
Prevenir riscos não é uma tarefa simples, mas podemos gerenciá-los de forma eficaz!
Eduardo Muniz
Fundador e CEO da SAFETY, sua consultoria em seguros.